Há uma crença comum de que o ciberespaço não pode ser regulado – que é, em sua essência, imune ao controle do governo (ou de qualquer outra pessoa). Code, publicado pela primeira vez em 2000, argumenta que essa crença está errada. Não é da natureza do ciberespaço ser irregular; o ciberespaço não tem "natureza". Ele só tem código — o software e o hardware que fazem do ciberespaço o que ele é. Esse código pode criar um lugar de liberdade - como fez a arquitetura original da Net - ou um lugar de controle opressivo. Sob a influência do comércio, o ciberespaço está se tornando um espaço altamente regulável, onde o comportamento é muito mais controlado do que no espaço real. Mas isso também não é inevitável. Podemos – devemos – escolher que tipo de ciberespaço queremos e que liberdades garantiremos. Essas escolhas são todas sobre arquitetura: sobre que tipo de código governará o ciberespaço e quem o controlará. Nesse domínio, o código é a forma mais significativa de lei, e cabe aos advogados, formuladores de políticas e especialmente aos cidadãos decidir quais valores esse código incorpora. Desde sua publicação original, este livro seminal ganhou o status de um clássico menor. Esta segunda edição, ou Versão 2.0, foi preparada através do wiki do autor, um site que permite aos leitores editar o texto, tornando-se a primeira revisão editada pelo leitor de um livro popular.