A cultura ocidental está apaixonada pelo sonho de ir além, mesmo sendo cada vez mais assombrada pelo espectro do apocalipse: seca, fome, inverno nuclear. Como chegamos a pensar no planeta e seus limites como pensamos? Este livro recupera, redefine e faz um apelo apaixonado por limites - uma noção central para o ambientalismo - limpando-os de sua associação com o malthusianismo e a ideologia e política que o acompanham. Giorgos Kallis relê o reverendo economista Thomas Robert Malthus e seu legado, separando limites e escassez, duas noções que há muito se confundem tanto no pensamento ambiental quanto no econômico. Os limites não são algo lá fora, uma propriedade da natureza a ser decifrada pelos cientistas, mas uma escolha que nos confronta, que, paradoxalmente, é parte integrante da busca da liberdade. Levando-nos da Grécia antiga a Malthus, de caçadores-coletores aos românticos, de feministas anarquistas a ambientalistas radicais da década de 1970, Limits nos mostra como uma cultura institucionalizada de compartilhamento pode tornar possível a autolimitação coletiva de que precisamos com tanta urgência.