Brás Cubas está morto. Mas isso não o impede de relatar em seu livro os acontecimentos de sua existência e de sua grande ideia fixa: lançar o Emplasto Brás Cubas. Deus te livre, leitor, de uma ideia fixa. O medicamento anti-hipocondríaco torna-se o estopim de uma série de lembranças, reminiscências e digressões da vida do defunto autor. Publicado em 1881, escrito com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, Memórias Póstumas de Brás Cubas é, possivelmente, o mais importante romance brasileiro de todos os tempos. Inovador, irônico, rebelde, toca no que há de mais profundo no ser humano. Mas vale avisar: há na alma desse livro, por mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero. A edição da Antofágica conta com 88 ilustrações de um dos expoentes da arte no Brasil, Candido Portinari, que chegam pela primeira vez ao grande público e dão uma nova camada de interpretação ao clássico. O livro traz ainda com notas inéditas e posfácio de Rogério Fernandes dos Santos, especialista na obra machadiana, um perfil do autor escrito por Ale Santos (@savagefiction), além de uma introdução de Isabela Lubrano, do canal Ler Antes de Morrer.