Diante do inegável e acelerado declínio cultural da civilização ocidental nas últimas gerações, faz-se inevitável a pergunta: como chegamos a esse ponto? Como passamos do amplo horizonte vital das antigas civilizações a essa espécie de sentimentalismo mesquinho e narcisista? Em busca das raízes da nossa crise atual, James Burnham analisa as definições antiga e moderna da ideologia progressista, mostra suas características, crenças e mazelas, e conclui que as tendências suicidas ocidentais residem não tanto na falta de recursos ou poderes militares, mas na erosão dos fatores intelectuais, morais e espirituais da sociedade ocidental. A análise que o autor faz das deformações atuais de ordem moral, existencial e política se prova quase profética, pois não se limita a atacar o comunismo, mas aponta muitas faces do totalitarismo e critica a possível "revolução administrativa", que tem por objetivo banir a liberdade em nome da eficiência e do controle burocráticos. Muitos concordarão, outros terão um acesso de fúria desvairada, mas ninguém poderá ignorar a amarga profecia de James Burnham: o esquerdismo é a ideologia do suicídio ocidental.