Um homem diz que crê em Deus para conquistar uma garota e acaba descobrindo as virtudes da devoção a um deus que ele sabe inexistente. Namorados fingem que não se conhecem, e aos poucos percebem como são, de fato, dois estranhos. Um mentiroso hábil brinca com as pessoas, mas elas são tão crédulas que ele perde o controle da situação. Nos sete contos de Risíveis amores, publicados pela primeira vez no Brasil em 2001, Milan Kundera retira do amor e do sexo a seriedade que costuma recobri-los. As situações se desenvolvem a partir de um mal-entendido, de um jogo com o outro. A mentira - ou a a arte de iludir e ser iludido - está sempre em foco. Mas o engano, que se inicia pela brincadeira, revela como o autoengano governa todos os aspectos da vida. Não são apenas histórias de amor que fazem rir. São, também, histórias sobre tentativas de repor alguma verdade à experiência amorosa.