Entre 1820 e 1990, a parcela da renda mundial destinada às nações ricas de hoje subiu de vinte por cento para quase setenta. Desde então, essa participação despencou para onde estava em 1900. Como explica Richard Baldwin, essa reversão da sorte reflete uma nova era de globalização que é drasticamente diferente da antiga. Em 1800, a globalização avançou quando a energia a vapor e a paz internacional reduziram os custos de transporte de mercadorias através das fronteiras. Isso desencadeou um ciclo auto-alimentado de aglomeração industrial e crescimento que impulsionou as nações ricas de hoje ao domínio. Essa foi a Grande Divergência. A nova globalização é impulsionada pela tecnologia da informação, que reduziu radicalmente o custo de mover ideias através das fronteiras. Isso tornou prático para as empresas multinacionais transferirem trabalhos intensivos em mão de obra para países em desenvolvimento. Mas, para manter todo o processo de fabricação em sincronia, as empresas também enviaram seu know-how de marketing, gerencial e técnico para o exterior junto com os empregos offshore. A nova possibilidade de combinar alta tecnologia com baixos salários impulsionou a rápida industrialização de um punhado de nações em desenvolvimento, a desindustrialização simultânea de nações desenvolvidas e um superciclo de commodities que só agora está se esgotando. O resultado é a Grande Convergência de hoje. Como a globalização agora é impulsionada por mudanças tecnológicas em ritmo acelerado e pela fragmentação da produção, seu impacto é mais repentino, mais seletivo, mais imprevisível e mais incontrolável. Como mostra The Great Convergence, a nova globalização apresenta às nações ricas e em desenvolvimento desafios políticos sem precedentes em seus esforços para manter um crescimento confiável e a coesão social.