Poucos funcionários públicos provocaram uma controvérsia tão intensa quanto Henry Kissinger. Durante seu tempo nos governos Nixon e Ford, ele passou a ser admirado e odiado em igual medida. Notoriamente, ele acreditava que as relações exteriores deveriam basear-se principalmente nas relações de poder de uma situação, não simplesmente na ética. Ele chegou ao ponto de argumentar que, sob certas circunstâncias, os Estados Unidos tinham de proteger seus interesses nacionais, mesmo que isso significasse reprimir as tentativas de democracia de outros países. Por esta razão, muitos hoje, tanto à direita quanto à esquerda, o rejeitam como um Maquiavel dos últimos dias, ignorando a amplitude e a complexidade de seu pensamento. Com The Inevitability of Tragedy, Barry Gewen corrige essa visão superficial, apresentando a fascinante história do desenvolvimento de Kissinger como estrategista e intelectual e examinando seu papel único no governo por meio de suas ideias. Este livro analisa suas políticas contenciosas no Vietnã e no Chile, guiado por uma nova compreensão de sua definição de realismo, a crença de que a política mundial é baseada em uma inevitável e trágica competição pelo poder.