Um conto de duas cidades

Uma emocionante pintura da Revolução Francesa Charles Dickens
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Sobre o livro

A peculiaridade deste romance começa na condição indissociável da escrita de Charles Dickens: é obviamente com o olhar estrangeiro e não raro antagônico de um inglês que ele dá vazão à sua trama. O autor evita o posicionamento político, centrando a narrativa nas observações de cunho social e no impacto individual que aquele processo impingiu a pessoas de todas as camadas. O aristocrata, o burguês, o camponês, o malandro, o vagabundo. Estão todos ali. De um lado, encontramos personagens como o ex-prisioneiro da Bastilha, doutor Manette; Charles Darnay, o aristocrata que rompe com a família e com sua classe social; o senhor Lorry, a personificação do inglês sistemático e virtuoso; a senhora Defarge, face cruel e impiedosa das jacqueries; o enigmático Sidney Carton, aquele que confere à trama o que ela tem de mais romanesco e sem dúvida um dos grandes personagens da literatura inglesa. Todos eles de personalidades marcantes, na melhor tradição do romance folhetinesco. De outro lado, contrapõe-se a multidão: o povo miserável de Paris e de seus arrabaldes, ora animalizado na pobreza à qual os empurrou uma voraz aristocracia, ora plateia ensandecida do espetáculo dantesco de "La Guillotine".

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RECOMENDAÇÕES 1
NÚMERO DE PÁGINAS 480

Recomendado por 1 pessoas

Maya Angelou

05/03/2013

“No início, fiquei tão impressionado com Charles Dickens. Eu cresci no sul, em uma pequena vila no Arkansas, e os brancos da minha cidade eram muito maus e rudes. Dickens, eu poderia dizer, não seria um homem que me xingaria e falaria comigo rudemente.”

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