Embora eu tenha empreendido esforços virgorosos para seguir as pistas da razão, não escrevi este livro apenas por interesse intelectual.
Este livro traz o relato das viagens de um dos mais talentosos ensaístas da atualidade, Theodore Dalrymple, a países comunistas no fim dos anos 1980. Durante seu percurso – Albânia, Coreia do Norte, Romênia, Vietnã e Cuba –, o autor observa com agudeza a precariedade em que vivem as populações desses países, assim como suas práticas cotidianas aparentemente banais, traçando entre elas correlações inesperadas. Em uma única obra, se concentram a crítica cultural de Nossa Cultura... ou o que Restou Dela, reflexões sobre a miséria como as de A Vida na Sarjeta, análise política como em Não com um Estrondo, mas com um Gemido e o fino cronismo literário de O Prazer de Pensar.
Se eu lesse este livro e desconhecesse o autor, e se me contassem que houvera sido publicado anteontem, eu nem desconfiaria. Os assuntos de que trata são atualíssimos. Bem como atualíssima é a clarividência com que o faz.
O Livro Negro do Comunismo traz a público o saldo estarrecedor de mais de sete décadas de história de regimes comunistas: massacres em larga escala, deportações de populações inteiras para regiões sem a mínima condição de sobrevivência, expurgos assassinos liquidando o menor esboço de oposição, fome e miséria que dizimaram indistintamente milhões de pessoas, enfim, a aniquilação de homens, mulheres, crianças, soldados, camponeses, religiosos, presos políticos e todos aqueles que, pelas mais diversas razões, se encontraram no caminho de implantação do que, paradoxalmente, nascera como promessa de redenção e esperança. Os autores, historiadores que permanecem ou estiveram ligados à esquerda, não hesitam em usar a palavra genocídio, pois foram cerca de 100 milhões de mortos. Esse número assustador ultrapassa, por exemplo, o número de vítimas do nazismo e até mesmo o das duas guerras mundiais somadas. Genocídio, holocausto, por tanto, confirmado pelos vários relatos de sobreviventes e, principalmente, pelas revelações dos arquivos hoje acessíveis. O Livro Negro do Comunismo não quer justificar nem encontrar causas para tais atrocidades. Tampouco pretende ser mais um capítulo na polêmica entre esquerda e direita, discutindo fundamentos e teorias marxistas. Trata-se, sobretudo, de dar nome e voz às vítimas e a seus algozes. Vítimas ocultas por demasiado tempo sob a máquina de propaganda dos PCs espalhados pelo mundo. Algozes muitas vezes festejados e recebidos com toda a pompa pelas democracias ocidentais. Todos que de algum modo tomaram parte na aventura comunista neste século estão, doravante, obrigados a rever suas certezas e convicções. Encontra-se, assim, uma das principais virtudes deste livro: à luz dos fatos aqui revelados, o Terror Vermelho deve estar presente na consciência dos que ainda creem num futuro para o comunismo. Uma verdadeira mina de informações detalhadas que registra a perversidade de um sistema que sempre será violento pois não entende outro modo de se impor, especialmente em tempos de paz.
Uma obra clássica incontestável em filosofia política, história intelectual e cultural e economia, O Caminho para a Servidão inspirou e enfureceu políticos, acadêmicos e leitores em geral por meio século. Originalmente publicado em 1944 – quando Eleanor Roosevelt apoiou os esforços de Stalin e Albert Einstein subscreveu o programa socialista – O Caminho para a Servidão foi visto como herético por sua advertência apaixonada contra os perigos do controle estatal sobre os meios. de produção. Para F. A. Hayek, a ideia coletivista de empoderar o governo com crescente controle econômico levaria não a uma utopia, mas aos horrores da Alemanha nazista e da Itália fascista.
Quem é o imbecil coletivo?Ele é duplo: nasce do improvável matrimônio do intelectual pernóstico com a ralé enfurecida. Ele é um fanático hidrófobo com um toque elegante de ceticismo relativista. É o corpo de Bakunin com a cabeça de Anatole France. Entre a verdade e a falsidade, ele tem a imparcialidade da indiferença. Mas, como um verdadeiro sábio chinês que age não agindo, ele faz de sua omissão o motor da história, cedendo o passo à iniciativa das massas e deixando que o milagre da praxis transmute as contradições teoréticas em violência física, que é, no fim das contas, a única resposta decisiva aos olhos do cético.Vinte e cinco anos depois do seu lançamento, eis a décima edição d’O imbecil coletivo, pedra de escândalo da intelligentzia brasileira de ontem, de hoje e de sempre. A edição resgata o texto integral do livro, sem os cortes que ele sofrera em suas últimas edições, e o apresenta com novo prefácio do crítico literário Rodrigo Gurgel.
Thomas Sowell especializou-se em dinamitar o grande edifício do politicamente correto. Desde as primeiras páginas do seu corpus escrito este ponto resta claro: as coisas são o que são e esta deve ser a base segura de qualquer investigação científica ou filosófica minimamente honesta ou válida. Para o desespero dos adversários, muitos dos quais filhos de um eficaz processo de “lavagem cerebral”, Sowell lida como poucos com vasta erudição e grande capacidade comunicativa: binômio que faz dele um intelectual completo. As balizas lançadas por Sowell são indispensáveis num país que clama por mudanças que o coloquem na direção do que funciona, da prosperidade, da riqueza e de um processo formativo que tenha por finalidade a construção de homens livres, não autômatos ideologicamente contaminados.
A mente moderna vê-se forçada na direção do futuro pela sensação da fadiga - não isenta de terror - com que contempla o passado.
Diferentemente de outras duas obras do autor, A vida na sarjeta e Nossa cultura... ou o que restou dela, que são coletâneas de artigos sobre temas diversos, Podres de mimados trata de um único tema: como o culto do sentimento "tem destruído nossa cap acidade de pensar e até a consciência de que é necessário pensar". Ou, em outras palavras, quais são as consequências sociais e políticas das ações de uma sociedade que se permite pautar predominantemente pelos sentimentos.
Aclamado psicólogo clínico, Jordan Peterson tem influenciado a compreensão moderna sobre a personalidade e, agora, se transformou em um dos pensadores públicos mais populares do mundo, com suas palestras sobre tópicos que variam da bíblia, às relações amorosas e à mitologia, atraindo dezenas de milhões de espectadores. Em uma era de mudanças sem precedentes e polarização da política, sua mensagem franca e revigorante sobre o valor da responsabilidade individual e da sabedoria ancestral tem ecoado em todos os cantos do mundo. Neste livro, ele oferece doze princípios profundos e práticos sobre como viver uma vida com significado. A partir de exemplos vívidos de sua prática clínica e vida pessoal, bem como de lições extraídas das histórias e mitos mais antigos da humanidade, 12 Regras para a Vida oferece um antídoto para o caos em nossas vidas: verdades eternas aplicadas aos nossos problemas modernos. “Um dos pensadores mais importantes a surgir no cenário mundial em muitos anos.”
O que se tornou a esquerda hoje. Do mesmo autor de Como ser um conservador. Em Tolos, fraudes e militantes, Roger Scruton investiga o que se tornou a esquerda hoje e como a ideologia evoluiu ao longo do século XX, fazendo uma dissecação política devastadora de suas estratégias e seus objetivos. O grupo identificado como Nova Esquerda ― composto de pensadores influentes como Jürgen Habermas, György Lukács e Jacques Derrida ― apresentou um deslocamento tático no território do seu exercício de poder, desviando o foco da preocupação com a representação da classe trabalhadora para a proteção de mulheres, LGBTs e imigrantes. Com prosa elegante e afiada, Scruton pacientemente desmonta os argumentos da esquerda e, ao explicar as obras em termos usados pelos próprios formuladores, desnuda suas pretensões e suposições.
A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos fez uma pesquisa para saber qual livro teria influenciado mais a vida das pessoas. O resultado deixa evidente a importância de nossa autora: a Revolta de Atlas, de Ayn Rand, ficou em segundo lugar, perdendo o primeiro posto somente para a Bíblia. Mas, Rand não é apenas um fenômeno editorial, com milhões de livros vendidos todos os anos mundo afora. Trata-se de uma filósofa que ultrapassou as barreiras de uma elitizada cultura intelectual e fez questão de falar a todos, bem ao gosto dos filósofos gregos que estavam pelas praças públicas a discutir, a dialogar. Rand e a sua doutrina objetivista estão no cinema, na música, no teatro, nos programas de TV, nos quadrinhos e até nos jogos eletrônicos. Estranho, portanto, pensar que a filosofia randiana seja praticamente ignorada no Brasil. Talvez a nossa longa tradição estatizante e nosso apego tradicional ao altruísmo explique, mesmo que em parte, tal fenômeno. Rand não é apenas importante para que tenhamos uma nova visão de mundo e de indivíduo. Em terras brasileiras, a sua vida e o seu pensamento são verdadeiramente fundamentais.