Lírico, poético e hipnotizante, The Coming conta a história da captura e permanência de um povo da sua pátria através da Passagem do Meio - uma viagem traumática que expôs a força e determinação do espírito africano. As condições extremas produzem uma percepção extraordinária, e só depois de serem despojados de tudo é que descobrem a beleza indizível que outrora tomaram como certa. Este romance poderoso e assombroso sacudirá os leitores para as suas próprias almas.
Betty Jean já está ocupada quando sua filha adulta deixa seus dois filhos pequenos sob seus cuidados. Entre lidar com seus outros filhos adultos, duas irmãs teimosas, um marido doente e seus próprios sonhos adiados - BJ ainda consegue manter um emprego de entrega de serviço de quarto em um hotel. Seu filho Dexter está prestes a sair da prisão; Quentin, o sucesso da família, não se dá ao trabalho de dar uma mão; e cuidar de dois netos animados é a última coisa que BJ acha que ela precisa. Mas quem perguntou a ela?
Mamãe & Eu & Mamãe é um livro para todos por sua capacidade de tocar com verdade, poesia e amor. Último livro publicado pela poeta e ativista, Maya Angelou, Mamãe & Eu & Mamãe descreve sua conturbada relação com a mãe, a empresária Vivian “Lady” Baxter, com quem voltou a morar aos 13 anos, depois de dez sob os cuidados da avó paterna. A narrativa autobiográfica, mas ainda assim poética, conta como se deu a (re)construção desse relacionamento entre mãe e filha em busca de reconciliação, o que terminar por traduzir-se em uma poderosa história de amor e cura. “Conduzindo-nos a um portal no qual acessamos em profundidade temas como casamento, cuidado, família, maternidade, lazer e trabalho, tendo como pano de fundo os EUA da segregação racial e da luta por direitos civis, Mamãe & Eu & Mamãe é um clássico, representativo do universo no qual Mulheres Negras são do começo ao fim autoras, sujeitas e donas de suas próprias histórias.” – Giovana Xavier , historiadora, Profa. Faculdade Educação UFRJ, coordenadora do Grupo Intelectuais Negras.
Perfect Peace, de Daniel Black, é o retrato comovente da tentativa de uma grande família rural do sul de lidar com a decisão desesperada de sua mãe de transformar seu filho recém-nascido na filha que ela nunca terá. Quando o sétimo filho da família Peace, chamado Perfect, completa oito anos, sua mãe Emma Jean diz à filha perplexa: Você nasceu menino. Eu fiz de você uma garota. Mas isso não é o que você deveria ser. Então, de agora em diante, você vai ser um menino. Vai ser um pouco estranho no começo, mas você vai se acostumar, e isso vai acabar depois de um tempo. Deste ponto em diante, sua vida se torna um caleidoscópio bizarro de eventos. Enquanto isso, a família Peace é forçada a questionar tudo o que achava que sabia sobre gênero, sexualidade, amor incondicional e realização.
A estrada da inocência perdida: como uma menina, ela foi vendida para escravidão sexual, mas agora ela resgata outras pessoas. A verdadeira história de uma heroína cambojana.
Quem lê pela primeira vez a versão original de Viagens de Gulliver, tendo como pano de fundo uma vaga lembrança de adaptações infantis, espanta-se ao constatar que tem nas mãos um dos textos mais amargos do cânone ocidental. Como observa George Orwell no prefácio incluído nesta edição, o livro de Jonathan Swift, apesar de todo o seu ressentimento e misantropia, é uma obra deliciosa, que permite vários níveis de leitura. É primeiro um livro de viagens - ou melhor, uma sátira aos livros de viagens, tal como Dom Quixote é, entre outras coisas, uma sátira aos romances de cavalaria; para as crianças, é uma história de aventuras, cheia das criaturas fantásticas e do humor escatológico de que tanto gostam; e é um dos marcos iniciais da ficção científica. Entretanto, o que mais fascina o leitor maduro nessa obra publicada pela primeira vez em 1726 é o olhar implacável que seu autor volta sobre o homem, suas instituições, seu apego irracional ao poder e ao ouro, e sua insistência em prolongar a vida mesmo quando esta só proporciona sofrimento. Esta edição de Viagens de Gulliver foi organizada pelo professor Robert DeMaria Jr., também responsável pelo texto de introdução e pelas notas, e conta com imagens preciosas, como reproduções da folha de rosto e do frontispício da primeira edição da obra-prima de Jonathan Swift, além de mapas das diferentes terras citadas no romance, inestimáveis para a leitura.
Uma exposição impressionante da agenda oculta por trás dos assuntos globais que alguns consideram surpreendentemente precisas na previsão de eventos atuais. Original.
No final do anos 20, decidido a tornar-se escritor, o jovem Eric Arthur Blair resolveu viver uma experiência pioneira e radical: submeter-se à pobreza extrema - e depois narrá-la. Em 1928, instalou-se em Paris com algumas economias e começou a dar aulas de inglês - mas em pouco tempo perdeu os alunos e foi roubado. Sem dinheiro, passou fome, penhorou as próprias roupas, trabalhou em restaurantes sórdidos e por fim partiu para a Inglaterra. Enquanto esperava por um emprego incerto, radicalizou ainda mais sua experiência convivendo intensamente com os mendigos de Londres, perambulando de albergue em albergue, atrás de dormida, comida e tabaco. É essa vivência miserável que Orwell relata com humor e indignação, distanciamento e participação. Recusado por várias editoras inglesas, o livro só foi publicado em 1933, trazendo, pela primeira vez, o pseudônimo que consagraria um dos maiores escritores do século XX. Com posfácio de Sérgio Augusto. O livro faz parte da coleção Jornalismo Literário, que lançou clássicos de Gay Talese, Truman Capote e Joseph Mitchell, entre outros.